Feudalismo e eurocentrismo: contribuições para uma crítica decolonial do tecnofeudalismo
Mostrar biografia dos autores
Este artigo critica a adoção de neologismos como «tecnofeudalismo» nas ciências sociais para explicar as transformações do sistema mundial. Baseado nos trabalhos de Elizabeth Brown, Susan Reynolds e Kathleen Davis, questiona a validade histórica do feudalismo como construto acadêmico, argumentando que foi uma ferramenta conceitual criada a partir do século XVI para legitimar o poder político e econômico. O objetivo é mostrar como esses neologismos simplificam e distorcem as dinâmicas de poder contemporâneas. Examina-se como a historiografia feudal influiu na teoria política moderna, perpetuando narrativas eurocêntricas. Os resultados revelam que o feudalismo não foi um sistema histórico uniforme e que seu uso anacrônico escurece nossa compreensão das complexidades atuais. Em conclusão, propõe-se uma perspectiva decolonial para superar simplificações históricas e construir categorias analíticas mais rigorosas. Este trabalho contribui à crítica do eurocentrismo e oferece ferramentas para repensar as narrativas dominantes nas ciências sociais.
Visualizações de artigos 13 | Visitas em PDF 15
Downloads
- Anderson, P. (1974). Lineages of the Absolutist State. Verso.
- Arrighi, G. (1999). El largo siglo XX. Ediciones Akal.
- Bernal, M. (2003). Black Athena, The Afroasiatic Roots of Classical Civilization: The Fabrication of Ancient Greece 1785-1985. Vol I. Rutgers University Press.
- Bloch, M. (2011). La sociedad feudal. Akal.
- Brown, E. (1974). The tyranny of a construct: feudalism and historian of Medieval Europe. The American Historical Review, 79(4), 1063-1088. https://www.jstor.org/stable/1869563
- Brown, E. (2022). Feudalism: Reflections on a Tyrannical Construct’s Fate. En: Jackson W. Armstrong, P. Crooks & A. Ruddick (eds.). Using concepts in Medieval History, Perspective on Britain and Ireland, 1100-1500 (pp. 15-48). Palgrave Mcmillan.
- Davis, K. (2008). Periodization and sovereignty. How ideas of Feudalism and secularization govern or the politics of time. University of Pennsylvania Press.
- Dussel, E. (2007). Política de la liberación. Historia mundial y crítica. Editorial Trotta..
- Frank, A. G. (1996) Transitional ideological modes, feudalism, capitalism, socialism. En:B. Gills & A. G. Frank (eds.). The world system, five hundred years or five thousand? (pp. 200-216). Routledge.
- Grosfoguel, R. (2006). La descolonización de la economía política y los estudios postcoloniales: transmodernidad, pensamiento fronterizo y colonialidad global. Tabula Rasa, 4, 17-46. https://doi.org/10.25058/20112742.245
- Habib Gómez, Z. (2023). Del sistema mundial capitalista al sistema mundial tecno-feudal: un análisis decolonial. Tabula Rasa, 48, 267-278. https://doi.org/10.25058/20112742.n48.10
- Lowith, K. (1949). Meaning in History: The Theological Implications of the Philosophy of History. The University Chicago Press.
- Moore, R. I. (2007). The Formation of a Persecuting Society. Authority and Deviance in Western Europe 950–1250. Blackwell Publishing.
- Reynolds, S. (1994). Fiefs and Vassals, the Medieval Evidence Reinterpreted. Clarenton Press.
- Reynolds, S. (2012). The Middle Ages without Feudalism. Routledge.
- Robinson, C. (2000). Black Marxism, the making of the black radical tradition. The University of North Carolina Press.
- Romero Losacco, J. (2020). El sistema-mundo más allá de 1492: modernidad, cristiandad y colonialidad, aproximación al giro historiográfico decolonial. Tabula Rasa, 36, 355-376. https://doi.org/10.25058/20112742.n36.14
- Romero Losacco, J. (2021). El sistema-mundo más allá de 1492: modernidad, cristiandad y colonialidad, aportes para unas historias globales de/desde el sur. Tabula Rasa, 37, 235-255. https://doi.org/10.25058/20112742.n37.11
- Varoufakis, Y. (2023). Technofeudalism, what killed capitalism. Random House.